Instituto de Educação Superior de Brasília Curso Superior de Tecnologia em Fotografia Disciplina: Gerenciamento e Desenvolvimento de Pessoas Prof: Saraiva Pinheiro Turma: Fot Not 1 Aluna: Nayara da Silva Vieira Mat: 11243013010
Resumo Dornelas, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Capítulo 5: O plano de negócios José Carlos Dornelas, professor universitário e consultor especializado em empreendedorismo, em seu trabalho sobre novas iniciativas em negócios, aborda no capítulo quinto da obra Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios a importância da elaboração do chamado Plano de negócios (PN), suas estruturas e utilidades. Em seu texto Dornelas afirma que todas as atitudes empreendedoras possuem risco, mas que o maior risco são as tomadas de decisões não planejadas, pois essas atitudes têm grandes chances de fracassar. Para o autor, fazer uma auto-análise, através de um planejamento amplo, permite a criação de uma diretriz importante para alcançar objetivos e ter sucesso no ramo empresarial. Neste cenário, uma peça essencial para o planejamento de uma empresa é, segundo Dornelas, a elaboração cautelosa de um PN. O PN é um documento que especifica, em linguagem escrita, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado. O PN contém, em resumo, a caracterização e a forma como o negócio vai operar, as principais estratégias, o plano para conquistar uma determinada fatia do mercado e a projeção das despesas envolvidas no desafio, bem como as receitas e os resultados financeiros. Frente a este contexto, o plano de negócios apresenta diversas finalidades sendo uma ferramenta de gestão múltipla, contudo, Dornelas aponta que o PN tem se destacado como instrumento de captação de recursos financeiros junto a investidores e também como forma de sanar vícios de nascimento de diversas atividades empreendedoras, pois a previa análise de fatores internos e externos provavelmente evitará as causas mais recorrentes de fechamento de pequenas empresas a seguir apontadas pelo texto do autor citado: - Falta de experiência - Atitudes erradas - Falta de dinheiro - Localização errada - Expansão inexplicável - Gerenciamento de inventário impróprio - Excesso de capital em ativos fixos - Difícil obtenção de crédito - Uso de grande parte dos recursos do dono
Apesar de muitas empresas obterem sucesso mesmo não conhecendo um plano de negócio, muitos insucessos podem ser evitados se os empreendedores estiverem melhores preparados para istrá-los. Ao se pensar o planejamento, Dornelas aponta três fatores devem ser analisados: 1. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes etc. 2. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio. 3. Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. Com a preocupação de esclarecer a importância do PN Dornelas o descreve como um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. A fim de facilitar sua elaboração, o autor sistematizou as sessões que compõem um PN para facilitar seu entendimento. Desta maneira, segundo Dornelas, os aspectos-chave que devem ser focados em um PN são: 1. Em que negócio você está? 2. O que você (realmente) vende? 3. Qual é seu mercado-alvo? Outro destaque no texto de Dornelas é a justificativa para a elaboração e a constante atualização do PN. De acordo com o autor, um PN deve ser escrito para servir como instrumento de aumento da lucratividade, para se entender e estabelecer diretrizes para seu negócio, para monitorar o cotidiano da empresa e tomar ações corretivas quando necessário, para conseguir financiamentos e recursos, para identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa, e por fim, para estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo. O PN, nesse cenário, deve ser uma ferramenta para o empreendedor expor suas idéias em uma linguagem que os leitores entendam, e mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. Ressalta-se que o PN é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. Nesse sentido, o PN se adequará ao tipo de negócio, variando em tamanho, abordagem ou utilização, jamais sendo elaborado de maneira displicente, pois terá como uma de suas funções ser o cartão de visitas do empreendedor. Todo PN, segundo o autor, deve ser elaborado e utilizado seguindo algumas regras básicas, mas que não são estáticas e permitem ao empreendedor utilizar sua criatividade ou o bom senso, enfatizando um ou outro aspecto que mais possa interessar ao público-alvo do PN em questão. O cuidado a ser tomado ao se escrever um PN, com todo conteúdo que se aplica a esse documento, é que não contenha números recheados de entusiasmo ou fora da realidade. Dornelas afirma enfaticamente: pior que não planejar é fazê-lo erroneamente. É importante que o PN possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende alcançar. A afirmação de Dornelas que permeia todo o texto é a de que o empresário precisa de um plano de negócios que lhe sirva de guia, que seja revisado periodicamente e que permita alterações visando a vender a idéia ao leitor do seu PN. Dornelas apresenta diferentes estruturas de PN, vinculadas a diferentes setores de negócios, contudo, de maneira geral a estrutura gira em torno das seguintes categorias: 1. Sumário executivo 2. O setor, a empresa e o produto 3. Análise de mercado 4. Estratégia de Marketing
5. Operações 6. Desenvolvimento 7. Equipe 8. Riscos críticos 9. Cronograma e prazos 10. Análise econômica e financeira 11. O que se está propondo Sendo assim, o PN se torna efetivamente uma ferramenta gerencial quando divulga informações relevantes para o desenvolvimento da empresa. As informações apresentadas no plano de negócios também devem ser utilizadas internamente, guiando e validando os esforços de melhoria da empresa. Para que isso aconteça, é necessário que exista monitoramento periódico da situação atual em relação aos números previstos, ou metas, do plano. No caso de empresas iniciantes, uma das principais utilizadas do PN é seu e para venda de uma idéia ou projeto. É a partir do plano que o empreendedor poderá definir alternativas de apresentação que julgue mais adequadas para buscar o convencimento do público-alvo e preparar apresentação para venda da idéia. Neste momento, o empreendedor tem de transmitir credibilidade, mostrar estar preparado, preocupado com questões relevantes, com riscos e possibilidades de retornos convencendo sobre a importância da oportunidade de negócio, os benefícios advindos, os recursos e os es necessários, e quais serão os riscos e como serão gerenciados. O texto do prof. Dornelas é de grande importância para o aperfeiçoamento da atividade empreendedora, pois o PN pode ser visto por muitos empreendedores como uma mera formalidade, sendo utilizado apenas para a obtenção de financiamentos. Entretanto, os mais visionários, o vê como uma ferramenta estratégica. Além de ser um instrumento de minimização de riscos, o plano de negócio é um meio de comunicação que descreve a empresa e revela a concepção do empreendedor para o futuro. Nesse sentido, o empreendedorismo, via de regra, deverá sempre ser ligado ao PN, pois é evidente que o planejamento prévio do empreendimento colaborará imensamente com o sucesso de uma empreitada no mundo dos negócios. O planejamento que será desenvolvido através do PN contribui para o geralmente conturbado início da uma pequena empresa, mas também colabora com sua estabilidade e viabilidade no futuro. Devido a importância do PN, ao abordar aspectos que envolvem a elaboração de um PN, as razões que explicam por que o PN é uma ferramenta indispensável no planejamento de novas empresas e possibilitando ao empreendedor compreender o processo de criação e implementação de seu negócio Dornelas colabora com a disseminação da concepção de planejamento como ferramenta para o bom andamento das atividades empresariais.