Monitora: Marcela Martins
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SÍNDROME METABÓLICA SM: conjunto de fatores de risco CV relacionados à deposição
central de gorda + resistência à insulina. Diagnóstico diferencial: HAS, DM, dislipdemia; Exame físico; Exames laboratoriais: glicemia de jejum, colesterol total, HDL-
colesterol, triglicerídeos, ác. Úrico, creatinina, função hepática. Parâmetro complementar: IMC: 20-25kg/m² LDL colesterol: < 100 mg/dL Colesterol total: < 200 mg/dL Belém 2013
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Síndrome Metabólica Critérios diagnósticos (3 ou mais): GLICEMIA EM JEJUM ≥ 100 mg/dL ou em tratamento HDL
Homens < 40 mg/dL Mulheres < 50 mg/dL TRIGLICERÍDEOS ≥ 150 mg/dL ou em tratamento
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
Homens > 102 cm Mulheres > 88 cm
PA:
PAS ≥ 130 mmHg ou PAD ≥ 85 mmHg ou em tratamento >>>NCEP/ATP III Belém 2013
APARELHO CARDIOVASCULAR
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ANAMNESE Idade: jovens >> doenças congênitas e infecção estreptocócica; adultos >> HAS e cardiopatia chagásica Sexo: masculino >> aterosclerose até os 45 ano; Cor: raça negra e HAS; Profissão: pessoas submetidas à estresse constante são mais propensas a HAS e cardiopatia isquêmica. Naturalidade e local de residência: doenças endêmicas ex. Chagas.
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EXAME FÍSICO O exame físico do coração inclui a INSPEÇÃO, a
PALPAÇÃO e a AUSCULTA. Zona de projeção do coração sobre a parede torácica:
PRECÓRDIO. Essa região se estende da: Borda superior da 3ª cartilagem costal direita, a 2cm da borda direita do esterno; Articulação condroesternal da 5ª costela direita; Ponta do coração; 2° espaço intercostal esquerdo (EICE), a 2cm da borda esquerda do esterno.
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EXAME FÍSICO Tipo de tórax do paciente; Presença de retrações/ abaulamentos; Lesões elementares;
Circulação colateral; Atrofias musculares; Pulsações
anormais em epigástrio, paraesternal; Ictus cordis - visível ?.
focos:
supraesternais,
Obs: É importante visualizar o tórax em diferentes
ângulos. Belém 2013
PALPAÇÃO DO PRECORDIO E ICTUS CORDIS Palpação do Precórdio: Decúbito dorsal Percorrer todos os focos com a região hipotênar da mão Frêmitos ? Localização, situação do ciclo e intensidade. Ictus cordis: Palpá-lo com os dedos indicador e médio; Localização :5º EIC linha hemiclavicular; Extensão: até 2 polpas digitais; Amplitude(circunscrito ou difuso); Forma (atípica-normal ou típica-patológica: cupuliforme ou globoso); Rítmico(rítmico ou arrítmico); Mobilidade: posição de Pachón ou semidecubito lateral esquerdo 2cm. Belém 2013
AUSCULTA
Sentado, em decúbito dorsal ou em decúbito lateral
esquerdo. Focos cardíacos 4 principais e uma ório: Aórtico no 2º EID, junto ao esterno. É o mais fidedigno para
verificar FC; Pulmonar no 2º EIE, na margem esternal; Aórtico ório ou de Erb no 3º EIE, junto ao esterno; Tricúspide na parte baixa do esterno, junto à linha paraesternal esquerda; Mitral no local onde se identifica, pela palpação, o choque da ponta.
OBS: Bulhas cardíacas B1 e B2. Belém 2013
EXAME DOS PULSOS PA PULSOS ARTERIAIS: carotídeo, aorta torácica, radial, braquial, tibial,
posterior e artéria pediosa.
Localização; Freqüência (brad ou taquesfigmia); Ritmo; Similitude; Amplitude.
ESTIMATIVA DA PVC: reflete a pressão no AD e é avaliada através da
pulsação na veia jugular interna D que é observada na margem anterior do músculo ECOM. Linha horizontal com um objeto reto a partir do ponto mais alto de
pulsação da veia e acrescentar ao valor encontrado 5 cm que consiste na distancia entre o centro do átrio e o ângulo esternal. Normal até 8 cmhg. Ex. Acima: ICC. Belém 2013
SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
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SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Definição: síndrome clínica complexa e progressiva, que pode
resultar de qualquer distúrbio funcional ou estrutural do coração que altere sua capacidade de enchimento e/ou ejeção, levando a uma incapacidade de manter o débito tecidual adequado. Caracterizada clinicamente por dispneia, fadiga, edema e redução
da sobrevida. Instalação: Aguda: IAM, dissecção aguda de aorta, miocardite aguda,
endocardite bacteriana aguda, rompimento da cordoalha tendínea . Insidiosa: surge com a progressão de uma doença de base (HAS). Belém 2013
Síndrome Da Insuficiência Cardíaca Exame físico: Ectoscopia dirigida: dispneia, grau de desconforto para respirar,
ingurgitamento jugular, e de veias periféricas, edema de membros inferiores.
Frequência cardíaca: > 100 bpm, a bradicardia esta presente nos
pacientes com bloqueio átrio-ventricular. Observa-se a frequência ,o ritmo , a presença de sopros, estalidos e atritos pericárdico.
Pulsos
periféricos: observar frequência, amplitude, ritmicidade (presença de arritmias , principalmente fibrilação atrial). O pulso alternante (diminuição do pulso na inspiração) pode representar uma disfunção cardíaca grave ou derrame pericárdico. Técnica: deve-se pesquisar os pulsos temporal, carotídeo ,axilar, braquial, radial, ulnar, femoral, poplíteo, tibial posterior, pedioso. No pulso radial pesquisa-se a parede arterial, frequência, ritmo, tensão, tipo de onda, comparação com pulso homologo.
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Síndrome Da Insuficiência Cardíaca Desvio e extensão do ictus: no 5° EIC, linha hemiclavicular. Maior
que três polpas digitais representam cardiomegalia. Técnica paciente em decúbito lateral esquerdo. Ingurgitamento jugular e hepatomegalia: proporcional a congestão
esquerda. Em condições normais as jugulares tornam-se turgidas apenas nas posições em decúbito e semisentada , se a jugular se mantem turgida na posição sentada isso caracteriza a turgescência jugular.
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Síndrome Da Insuficiência Cardíaca • Quanto ao lado acometido do coração: •
Insuficiência cardíaca esquerda • Disfunção do coração E • Causas IAM / isquemia / cardiopatia hipertensiva / doença valvar • Consequência congestão pulmonar dispnéia de esforço dispnéia paroxística noturna Ortopnéia/ taquipnéia/ Cheyne-Stokes 3º bulha Estertores crepitantes basais Edema pulmonar Belém 2013
Síndrome Da Insuficiência Cardíaca •
Insuficiência cardíaca direita • Disfunção do coração D • Causas Cor pumonale Doença de Chagas • Conseq. congestão sistêmica Turgescência jugular patológica Hepatomegalia Refluxo hepato-jugular Ascite Derrame pleural Edema de MMII Dor abdominal/ náuseas/ anorexia Belém 2013
Síndrome Da Insuficiência Cardíaca • Quanto ao aspecto fisiopatológico: •
Insuficiência cardíaca sistólica • • •
FE 45% Perda da capacidade contrátil do miocárdio Causas:
Lesão ou disfunção isquêmica IAM Isquemia persistente Sobrecarga crônica de pressão H.A. Doença valvar obstrutiva Sobrecarga crônica de volume Regurgitação valvar Shunt ED Cardiomiopatia dilatada Cardiomiopatia chagásica Cardiomiopatia viral Belém 2013
Síndrome Da Insuficiência Cardíaca •
Insuficiência cardíaca diastólica • • •
FE = normal Restrição patológica de enchimento cardíaco Causas: Hipertrofia miocárdica patológica Primária – Cardiomiopatia hipertrófica Secundária – Hipertensão arterial Idade Fibrose isquêmica Cardiomiopatia restritiva
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Síndrome Da Insuficiência Cardíaca • Quanto ao débito cardíaco: •
Insuficiência de baixo débito •
•
Maioria dos casos
Insuficiência de alto débito •
Causas:
Doenças metabólicas Tireotoxicose Doenças nutricionais (beribéri) Necessidade sanguínea excessiva
Anemia crônica Shunts A/V sistêmicos Alterações mecânicas Intracardíacas Valvopatias Shunts intracardíacos Extracardíacas Obstrutiva – Coarctação de aorta Shunt ED – Ductus arteriosus
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Alterações da FC e Ritmo Bradiarritmias Taquiarritmias Taquicardia crônica
Classificação Funcional - NYHA
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CRITÉRIO DE FRAMINGHAM PRINCIPAIS Dispnéia paroxística noturna Turgência jugular patológica Estertores Cardiomegalia Edema agudo do pulmão Ritmo em galope por B3 PVC > 16 cm de H2O Refluxo hepatojugular + Belém 2013
SECUNDÁRIOS Edema de extremidades Tosse noturna Dispnéia aos esforços Hepatomegalia Derrame pleural Capacidade vital reduzida em 1/3 do normal Taquicardia (> 120 bpm)
DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA •
Suspeita - SISTÓLICA: • Presença de B3 • Ictus globoso e desviado para Esquerda • Congestão e cardiomegalia ao Rx
• DIASTÓLICA: • Presença de B4 • Ictus protuso e não desviado • Congestão sem cardiomegalia ao Rx e / ou
e / ou Definida ECO com FE< 40% Belém 2013 •
•
• Definida • ECO com FE > 50%
Síndrome Da Insuficiência Cardíaca Exames: RX:
ÍNDICIE CARDIOTORÁCICO: 0,5 normal; Cardiomegalia; Congestão; Linhas B de Kerley
ECOCARDIOGRAMA:
Tamanho das câmaras, espessura da parede, valvulas, pressões.
ECG:
Causas: ex. Isquemias; Frequência cardíaca. Belém 2013
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SIMULADO 1.Realize a AUSCULTA CARDÍACA 2.Avalie o RX DE TÓRAX 3.Qual RUÍDO ADVENTÍCIO poderia ser encontrado de acordo com o padrão radiológico. -Cumprimentou o paciente? -Lavou as mãos antes e após o exame? - Explicou ao paciente o que iria realizar? -Realizou a ausculta cardíaca? Auscultar 5 focos -Avaliou o RX de tórax? -Respondeu qual o ruído adventício deve estar presente de acordo com o RX? -Despediu-se do paciente? Belém 2013
APARELHO RESPIRATÓRIO
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SEMIOLOGIA 1.
INSPEÇÃO:
2.
PALPAÇÃO;
3.
AUSCULTA;
4. PERCUSSÃO.
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SÍNDROME DISPNEICA Dispneia: “um termo usado para caracterizar a
experiência subjetiva de desconforto respiratório que consiste de sensações qualitativamente distintas, variáveis em sua intensidade.”
CAUSAS AGUDAS:
PULMONARES: bronquite, asma, PNM, embolia pulmonar, aspiração, inst. Pós-traumática; NÃO PULMONARES: psicogênica, febre, obstrução de VA, hipertensão craniana.
CRÔNICAS: PULMONARES: sarcoidose, linfangite carcinomatosa, colagenoses, derrame pleural; NÃO PULMONARES: ICC, gravidez, ascite, anemia, obesidade.
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Síndrome Dispneica Constatar o sintoma; Graduar:
1. 2. 1.
2.
3.
Grande, médio, pequeno esforço; Repouso; Ortopneia, Trepopneia, Platipneia, Dispneia Paroxística Noturna.
Início, duração, variabilidade (Ex. bronquite crônica > dia; ICC > noite), sintomas associados, condições, história familiar. 4. Ex. Físico; 5. Ex. Complementar: RX, TC, cintilografia, angiografia, gasometria, ECG, espirometria. 3.
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Síndrome Dispneica Diagnostico diferencial Pneumotórax Derrame pleural Asma DPOC Pneumonia Edema pulmonar (ICC)
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Pneumotórax O
paciente apresenta dispnéia, diminuição do murmúrio vesicular no lado acometido e hipertimpanismo.
São
comuns também sinais de choque com hipotensão e turgência jugular.
O desvio de traquéia é um achado
tardio e frequentemente não observado no pré-hospitalar Belém 2013
é
Pneumonia Inspeção à palpação, frêmito tóraco-
vocal aumentado; à percussão, macicez ou sub-
macicez; à ausculta, murmúrio reduzido
com crepitações (ou estertores)
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Edema pulmonar Inspeção Palpação Ausculta : MV
diminuido, estertores crepitantes
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Belém 2013
Belém 2013
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PNEUMOTÓRAX
DERRAME PLEURAL Abaulamento Aumento dos EIC
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Abaulamento Aumento dos EIC
INSPEÇÃO DINÂMICA
Amplitude diminuída Frequência aumentada
PALPAÇÃO
Frêmito toraco-vocal abolido Amplitude diminuída
PERCUSSÃO
Som timpânico
Som maciço/submaciço
AUSCULTA
Abolida/ MV diminuídos SOPRO ANFÓRICO (pnmtx Belém 2013grande)
Abolida SOPRO PLEURAL (médio volume)
Amplitude diminuída Frequência aumentada
Frêmito toraco-vocal abolido Amplitude diminuída
HEPATIZAÇÃO/ SÍND. CONSOLIDATIVA
ATELECTASIA Retrações Diminuição dos EIC
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Normal
INSPEÇÃO DINÂMICA
Amplitude diminuída Frequência aumentada Tiragens
Amplitude diminuída Frequência aumentada
PALPAÇÃO
Frêmito toraco-vocal AUMENTADO Amplitude diminuída/normal
Frêmito toraco-vocal abolido Amplitude diminuída
PERCUSSÃO
Som submaciço/maciço
Som maciço
AUSCULTA
MV diminuídos Estertor creptante SOPRO TUBÁRIO
Abolida Sem sopros
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SIMULADO 1.Realize a AUSCULTA DO TÓRAX 2. Avalie o RX 3.De acordo com o RX como estaria a AMPLITUDE RESPIRATÓRIA do paciente -Cumprimentou o paciente? -Lavou as mãos antes e após o exame? -Explicou ao paciente o que iria realizar? -Realizou a ausculta pulmonar corretamente? -Identificou a imagem radiológica corretamente? -Respondeu como estaria a amplitude respiratória do paciente de acordo com o RX? -Despediu-se do paciente? Belém 2013
OBRIGADA! Belém 2013